O fotorrealismo inovador de O Rei Leão de Jon Favreau coloca a adaptação no limiar entre live-action e animação, por vezes, tocando o tão temido “vale da estranheza”. No instante em que os animais começam a falar e cantar, o feitiço da ação é momentaneamente quebrado até que o público faça um ajuste, recorrendo ao elemento nostalgia necessário para que a sequência narrativa funcione plenamente.
O resultado desse apelo ultra-realístico é visualmente impressionante, mas oco e não se sustenta por muito tempo. O filme depende de uma memória afetiva do público para completar as lacunas deixadas em uma história que sobrevive através da expressão das mais diversas sensações e não simplesmente de um ambiente verossímel. Claramente, o diretor tinha consciência dos perigos que poderia enfrentar e, por isso, investe em algumas primeiras cenas de deslumbre, destacando detalhes da natureza com uma riqueza de texturas e movimentos que não poderiam ser apresentados na animação de 1994.
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via Tecmundo
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