quinta-feira, 29 de outubro de 2020

Valor 1000: Empresas estão mais alertas às mudanças de hábitos do consumidor

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Empresas destacam desafios enfrentados durante a pandemia Valor 1000 premia empresas de 25 setores O isolamento social foi para a Whirpool um grande aliado. A empresa, vencedora pela quarta vez na categoria Eletroeletrônica no Prêmio Valor 1000, percebeu uma fidelidade maior do consumidor que passou mais tempo em casa e já conhece seus produtos – as linhas Brastemp, Consul e KitchenAid. “Num momento de medo vamos no que confiamos”, afirma o presidente da companhia na América Latina, João Carlos Brega. Leia também: Rede D´Or é escolhida ‘Empresa da Década’; São Martinho é a ‘Empresa do Ano’ José Roberto Marinho: Empresas tiveram taxa de crescimento médio superior ao PIB nos últimos 20 anos Frederic Kachar: 2020 deve ser marcado por mudança estrutural e de cultura das empresas FHC: Brasil não deve escolher antes da hora entre EUA e China FHC: Brasil precisa melhorar equilíbrio entre crescimento e distribuição de renda Nova fábrica e adoção de tecnologia são armas para crescer Companhias destacam risco de escassez de insumos e necessidade de treinamento Segundo Brega, a Whirpool pretende, em 2021 e 2022, continuar “a reforçar os parâmetros” que a guiaram ao sucesso nos tempos difíceis de pandemia. “É preciso investir na confiança do consumidor. Isso vai gerar demanda na prestação de serviços”, afirma. Entender os novos hábitos do consumidor passou a ser a chave de sucesso também no setor imobiliário. “O desafio para 2021 e 2022 é perceber as mudanças no comportamento das empresas e das pessoas, que já aconteciam, mas que aceleraram na pandemia”, afirma Daniel Tencer, superintendente-executivo da BSP, uma empresa controlada pela Bradesco Seguros e eleita a melhor em Empreendimentos Mobiliários no Prêmio Valor 1000. Segundo Tencer, daqui para a frente o mercado avaliará os espaços corporativos e residenciais com outro olhar. “Será preciso entender novos usos dos imóveis”, destaca. Resiliência “Nosso desafio é a resiliência”, disse Fernando Borges, gerente-executivo de relacionamento externo da Petrobras, campeão do Prêmio Valor 1000 na categoria Óleo e Gás. A crise desencadeada pela covid-19 teve repercussão global no setor, afirmou o executivo, com redução na demanda e excesso de oferta, “o que ocasionou uma grande redução dos preços”. O outro desafio da empresa, afirmou Borges, é prover energia capaz de assegurar prosperidade de forma ética, segura e competitiva. “Estamos provocando uma revolução na indústria brasileira de óleo e gás nos principais setores", disse. Nas atividades de exploração e produção, a Petrobras deixou de lado os ativos de terra e água rasa, concentrando-se nos de água profunda; na área de gás natural, a abandonou totalmente o transporte e a distribuição de gás natural, com foco na venda do gás próprio; e no setor de refino, colocou à venda oito refinarias que, segundo Borges, representam 50% da capacidade de refino do país. “É uma tremenda oportunidade para novos investidores”, afirmou. Educação O ensino foi um dos setores mais prejudicados durante a pandemia. Ao mesmo tempo, a necessidade de dar aulas à distância, por meio do formato digital, ampliou fronteiras. “A necessidade nos obrigou a abraçar várias mudanças”, afirma Eduardo Parente, presidente do grupo YDUQS, eleito, pelo segundo ano, vencedor em Educação e Ensino no Prêmio Valor 1000. “Os alunos reconheceram o valor da complementariedade e os professores entenderam que a ferramenta foi uma grande aliada”, destaca Parente. Para ele, o lado negativo da crise provocada pelo surto é que, no caso da YDUQS, 70% dos alunos trabalham e grande parte teve dificuldades para obter uma forma de financiar o custo dos estudos. Continuar a investir em conteúdo digital de qualidade e fazer isso caber no bolso do estudante é um dos maiores desafios do setor, diz Parente. Varejo Maior varejista de moda do país e vencedora do Prêmio Valor 1000 pela quinta vez na categoria Comércio Varejista, a Lojas Renner acelerou, durante a pandemia, a digitalização de estoques e ampliou os canais de venda. Para o presidente, Fabio Faccio, o maior desafio, agora, será “saber embalar o que já tínhamos de bom com as inovações e novas ferramentas que surgiram”. “A pandemia nos forçou a ser empresas melhores e entender os novos comportamentos dos consumidores”, afirmou o executivo durante a celebração do prêmio. Faccio lembrou que uma empresa que trabalhava muito de forma presencial e que teve de adotar o trabalho à distância durante a pandemia vai poder, agora, oferecer a escolha ao funcionário, de acordo com o estilo e preferência de cada um. “O consumidor também vai poder comprar on-line e receber em casa ou retirar na loja, ou, ainda, comprar na loja e mandar entregar o produto”, completou. Para Faccio, as empresas terão de se preparar para esse tipo de integração. arte

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via Valor Econômico

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