segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Prejuízo da Marisa Lojas cresce 64% no 3º trimestre

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A varejista de moda reportou prejuízo líquido de R$ 124,5 milhões, no período A Marisa, rede de lojas de vestuário, registrou avanço de 64% no prejuízo líquido do terceiro trimestre, para R$ 124,5 milhões, quando comparado ao mesmo período do ano anterior, ainda refletindo os impactos da pandemia de covid-19, em que muitas lojas ficaram fechadas. O resultado, porém, mostrou melhora em relação ao segundo trimestre, quando a empresa havia registrado prejuízo de R$ 171,70 milhões. A receita líquida da companhia ainda foi 24% menor que um ano antes, a R$ 532,2 milhões. Desse total, R$ 98 milhões são em vendas on-line que, no período, cresceram 115,6% na base anual, repetindo o desempenho já observado no trimestre terminado em junho, quando o faturamento das plataformas digitais saltou 113%. Com o bom desempenho do on-line, as vendas em mesmas lojas caíram 6% em relação ao ano anterior, sendo que o recuo seria de 15% se consideradas só as lojas físicas. Vendas on-line Com o avanço, as vendas on-line já correspondem a 16,3% do total de vendas da Marisa. O avanço nas plataformas digitais se consolidou durante a pandemia, devido às restrições de mobilidade, mas reflete a estratégia da companhia iniciada ainda no ano passado, segundo o presidente, Marcelo Pimentel. “Em todas as categorias on-line nós crescemos mas de 100%. O trimestre confirma nossa estratégia, mas ainda foi melhor do que esperado.” Um dos principais destaques das vendas on-line, de acordo com Pimentel, são as roupas íntimas, um dos pilares da companhia. Ele também destaca o avanço de 240% no segmento de roupas infantis e de 186% na divisão de vestuário masculino. Atualmente, além do site próprio e do aplicativo, a Marisa vende on-line em plataformas marketplace de outros varejistas como Mercado Livre e Carrefour. A empresa lançou o “Volta por Cima” que tem sob seu guarda-chuva outro programa chamado de “Sou sócia”, no qual a consumidora pode se tornar uma espécie de vendedora digital e ganhar comissão por cada venda concluída. Despesas Com a receita ainda menor do que um ano antes, o resultado líquido da companhia foi ajudado pela redução de despesas e venda de estoques antigos, o que ajudou a melhorar a rentabilidade das peças vendidas. As despesas com vendas totalizaram R$ 201,1 milhões, redução de 7,9%, refletindo ações adotadas para corte estrutural das despesas no período, com destaque para renegociações de contratos de aluguel. Já as despesas gerais e administrativas totalizaram R$ 30,4 milhões, um recuo de 37,4%, devido, em parte, à postergação da Medida Provisória 936, que permitiu a redução de jornadas de trabalho. Recuperação As vendas ao fim de setembro e no começo de outubro já voltaram a patamares pré-pandemia, segundo o presidente da Marisa. Com as 353 lojas já em funcionamento no fim do terceiro trimestre, a companhia registrou queda de 6,3% de vendas comparáveis. Esse desempenho, porém, tem forte contribuição das vendas digitais. Ainda assim, com pouco menos da metade das lojas físicas em rua, a empresa acredita conseguir desempenho mais forte do que concorrentes com mais lojas em shoppings. As vendas em lojas de rua ainda apresentaram vendas três pontos percentuais acima das lojas de shopping. O presidente da companhia não dá projeções de crescimento para este ano e para o próximo, mas diz que o quarto trimestre deverá seguir mostrando melhora nas vendas e afirma que a redução do auxílio emergencial de R$ 600 para R$ 300 ainda não foi sentida no desempenho da empresa. “As vendas nas regiões Norte e Nordeste, que são de maior participação do auxílio, continuam crescendo um dígito duplo”, diz Pimentel. Para o ano que vem, a administração da empresa trabalha com projeções dos bancos de que a economia brasileira cresça em torno de 3,5% e trabalha com cenário neutro para o fator de desemprego, segundo o diretor financeiro, Adalberto Santos. Ao fim de 2020, porém, a Marisa espera aumentar sua participação de mercado, em especial pelo recuo dos concorrentes menores. Os executivos, no entanto, dizem não ser possível, ainda, avaliar de quanto será esse aumento. Em 2019, a Marisa detinha 2,7% do setor.

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via Valor Econômico

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