terça-feira, 10 de novembro de 2020

Temos 160 mil mortos e economia frágil, afirma Maia em resposta a Bolsonaro

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O presidente da Câmara ainda criticou declarações de Bolsonaro a Joe Biden e também fez referência ao apagão de energia elétrica que afeta cidades no Amapá desde a semana passada O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), reforçou nesta terça-feira (10) o compromisso da Casa com o desenvolvimento de vacinas contra a covid-19, a independência dos órgãos reguladores e com a responsabilidade fiscal. A manifestação foi uma reação a declarações do presidente Jair Bolsonaro, que, hoje à tarde, voltou a minimizar os efeitos da pandemia no país. Na resposta, Maia ainda criticou declarações de Bolsonaro a Joe Biden, presidente eleito dos Estados Unidos, e também fez referência ao apagão de energia elétrica que afeta cidades no Amapá desde a semana passada. “Entre pólvora, maricas e o risco à hiperinflação, temos mais de 160 mil mortos no país, uma economia frágil e um estado às escuras. Em nome da Câmara dos Deputados, reafirmo o nosso compromisso com a vacina, a independência dos órgãos reguladores e com a responsabilidade fiscal”, escreveu Maia, em seu perfil oficial do Twitter. “A todos os parentes e amigos de vítimas da covid-19 a nossa solidariedade”, completou. Initial plugin text Mais cedo, Bolsonaro comemorou nas redes sociais a suspensão dos testes da vacina Coronavac por determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “Mais uma que Jair Bolsonaro ganha”, escreveu o presidente, em uma rede social, numa provocação ao governador de São Paulo João Doria. “Esta é a vacina que o Doria queria obrigar a todos os paulistanos tomá-la”, afirmou. A Anvisa anunciou, na noite de ontem, a suspensão dos testes com a vacina por conta de um “evento adverso grave”. A Coronavac é desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac e é testado no Brasil com apoio do Instituto Butantan, vinculado ao governo paulista. Horas depois, Bolsonaro disse, em cerimônia no Palácio do Planalto, que o Brasil tem que “deixar de ser um país de maricas” e enfrentar a pandemia de covid-19 de “peito aberto”. “Não adianta fugir disso, fugir da realidade. Tem que deixar de ser um país de maricas. Olha que prato cheio para a imprensa. Prato cheio para a urubuzada que está ali atrás. Temos que enfrentar de peito aberto, lutar. Que geração é essa nossa?” Em outro momento, no mesmo discurso, o presidente rebateu declarações de Joe Biden quando ainda era candidato à presidência dos Estados Unidos, de que iria impor sanções econômicas ao Brasil se o governo não tomasse medidas para proteger a Amazônia e evitar incêndios em florestas. “Assistimos há pouco aí um grande candidato a chefia de Estado dizer que, se eu não apagar o fogo da Amazônia, ele levanta barreiras comerciais contra o Brasil. E como é que podemos fazer frente a tudo isso? Apenas a diplomacia não dá, não é, Ernesto? Quando acaba a saliva, tem que ter pólvora, senão, não funciona. Não precisa nem usar pólvora, mas tem que saber que tem. Esse é o mundo. Ninguém tem o que nós temos”, disse Bolsonaro, que ainda não reconheceu a vitória de Biden sobre Donald Trump, a quem Bolsonaro apoia.

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via Valor Econômico

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