quinta-feira, 29 de outubro de 2020

Analistas destacam perfil jovem e currículo forte de Maluhy, que assumirá o Itaú

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O processo de sucessão já era esperado, mas, por ser o mais novo entre os quatro candidatos, a escolha não era a mais óbvia O anúncio de que Milton Maluhy Filho, atual vice-presidente de finanças do Itaú, vai substituir Candido Bracher no comando do banco pegou analistas relativamente de surpresa. O processo de sucessão já era esperado, mas, por ser o mais novo entre os quatro candidatos, a escolha não era a mais óbvia. Com 44 anos, e há 18 no banco, Maluhy é visto como um executivo competente e dedicado. Ainda assim, alguns analistas apontam que se o objetivo do Itaú era dar uma clara demonstração do seu compromisso com a revolução tecnológica, o nome de André Sapoznik, vice-presidente de tecnologia, seria o mais indicado. Já os diretores-gerais de atacado, Caio Ibrahim David, e varejo, Márcio Schettini, eram muito bem-vistos, apesar de este último ser mais velho, com 56 anos, o que significa que seu mandato seria curto, dado o limite de 62 anos do banco. “O Itaú estava tentando encontrar um CEO que pudesse fazer uma mudança profunda no banco, e ficar mais tempo no comando. Os quatro candidatos vinham sendo treinados e acho que o Maluhy pode ajudar nesse processo de digitalização, de novas formas de se comunicar, fazer negócios”, diz Eduardo Nishio, analista de bancos da Genial Investimentos. Carlos Daltozo, da Eleven, aponta que o novo CEO vai ter a função de ajudar o Itaú a navegar por um ambiente de grandes desafios, com a chegada do sistema de pagamentos instantâneos Pix, o open banking, além da ascensão das fintechs e bancos digitais, que acirraram o cenário competitivo. “O Bracher tinha outras características, já se sabia que teria um mandato mais curto, ele tinha um perfil mais introspectivo. O Maluhy é jovem e terá o desafio justamente de adaptar o Itaú a essa nova realidade. Ele terá um bom caminho pela frente”. A indicação de Maluhy, porém, não é unanimidade. Um gestor, que preferiu não ser identificado, comenta que o executivo esteve à frente de duas áreas onde os resultados deixaram a desejar nos últimos anos, a credenciadora Rede e o Corpbanca, com as operações do Itaú na América Latina. “O Itaú está patinando em tecnologia. A carteira digital ‘iti’ não decolou, assim como outras iniciativas. Eles estão tentando lidar com os legados, mas não me parece que estejam conseguindo executar.” Já Marcel Campos, analista da XP, diz que na verdade a experiência de Maluhy na Rede e no Corpbanca pode ter sido um trunfo para sua escolha. “Pensando no momento de disrupção que o setor financeiro vive, ele tem um currículo que mostra que está acostumado a enfrentar grandes desafios.” Além disso, Maluhy terá o apoio de Bracher, que vai para o conselho de administração após seus quase quatro anos à frente do dia a dia do banco. Quem também está no colegiado é Roberto Setubal, antecessor de Bracher e que comandou o banco por 23 anos. Milton Maluhy Filho Silvia Zamboni/Valor

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via Valor Econômico

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